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Rodrigo Maia debate pleitos municipais com prefeitos

Rodrigo Maia debate pleitos municipais com prefeitos

Liderados pelo presidente em exercício da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Carlos Amastha, integrantes da diretoria da entidade debateram, nesta terça-feira, 23, pauta de interesse dos municípios, com o presidente da República em exercício, Rodrigo Maia. Conquistas para o municipalismo e demandas como a derrubada ao veto ao Refis para as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) foram abordados na ocasião.

Também participaram da audiência os prefeitos de Aracaju/SE, Edvaldo Nogueira, vice-presidente de Relações com Fóruns e Redes; de Porto Velho/RO, Dr. Hildon, vice-presidente de Relações com o Judiciário; e de Aparecida de Goiânia/GO, Gustavo Mendanha, vice-presidente Estadual (Goiás).

Enquanto chefe do executivo, Maia ouviu os pleitos dos prefeitos quanto à Classificação da Capacidade de Pagamento (CAPAG). “A gente não discorda do novo mecanismo. O que queremos é um período de transição”, afirmou Amastha. As mudanças nos critérios utilizados para classificação da CAPAG fizeram com que alguns municípios, que estavam aptos a contratar operações de crédito, passassem para a categoria de inelegíveis.

O grupo de prefeitos levou à consideração do presidente da República em exercício a necessidade do fortalecimento da Polícia Rodoviária Federal. Segundo Amastha, se não houver um concurso para ampliar o quadro de servidores, até o final deste ano terão que ser fechados 120 postos de fiscalização. “Como falar em segurança, se a gente não fortalece as instituições”, ponderou.

Já a pauta do legislativo girou em torno da articulação que a FNP está trabalhando com o Sebrae pela derrubada do veto ao Refis para as MPEs. Para o presidente em exercício da FNP, vetar o refinanciamento para os pequenos empresários é uma “tremenda injustiça”. “Se não houver Refis, eles vão voltar para a informalidade. Se o Brasil quiser voltar a crescer, então temos que fazer essa reflexão, dar condições a todos”, disse Amastha. Ele afirmou, ainda que o clima é positivo à derrubada do veto, pois há consenso.

Para o presidente da Câmara, os prefeitos também pediram apoio para sugestões de aprimoramento do Projeto de Lei 461/2017, que trata sobre as obrigações acessórias da nova Lei do Imposto Sobre Serviços (ISS), sancionada em 2017. “Ficou um certo vácuo na legislação e as instituições propuseram um projeto que explica exatamente como vão funcionar essas cobranças”, explicou Amastha.

No que diz respeito à PEC 122/2015, que proíbe a instituição de novos encargos sem a previsão de recursos, o presidente em exercício da FNP falou da importância do projeto que “impede que sejam aprovados qualquer tipo de lei que tragam ônus para os municípios sem que haja contrapartida”.

A descentralização do ressarcimento dos planos de saúde para atendimentos realizados no Sistem Único de Saúde (SUS) (PLS 308/2015) também esteve em pauta. “Esse assunto é muito importante, porque os municípios são os últimos da cadeia que podem cobrar o reembolso dos planos de saúde, quando a gente atende o SUS”.

Conquistas da FNP
Há grande expectativa dos prefeitos, já que a FNP acumulou algumas conquistas de sua pauta no Legislativo. Esse foi o caso do aumento do prazo para 2024 para que municípios quitem seus precatórios dentro de um regime especial; o veto do presidente da República, Michel Temer, mantido pelo Congresso, ao porte de armas para agentes de trânsito; e as novas atribuições para Agentes Comunitários de Saúde, sem novos encargos.