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FNP participa de debate sobre reforma administrativa na Câmara dos Deputados

FNP participa de debate sobre reforma administrativa na Câmara dos Deputados

Audiência pública foi promovida pela Câmara dos Deputados de forma híbrida nesta quarta-feira, 18, para falar sobre a PEC 32/2020

“A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) defende uma reforma administrativa construída no diálogo e no consenso, garantindo equilíbrio e ajuste fiscal aos municípios.” A fala é do prefeito de Petrolina/PE e secretário-geral da entidade, Miguel Coelho, durante audiência pública promovida pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 18, para debater a PEC 32/2020. A proposta em questão trata da chamada reforma administrativa e a audiência debateu os efeitos dela na educação e na saúde.

Para o prefeito, o tema é “delicado e sensível”, mas é importante discuti-lo. Segundo Miguel Coelho, é preciso implementar uma reforma “sem retirar direitos e que dê mais autonomia aos entes.” “É preciso dar mais condições de trabalho aos gestores para que possamos, na ponta, prestar um melhor serviço público para a população.”

Dados apresentados pelo secretário-geral da FNP mostram que, combinados, os gastos com saúde e educação representam mais de 40% da verba das prefeituras. “A gente precisa otimizar o gasto público para que possamos ter rentabilidade na aplicação de gastos e investimentos e que possamos pagar o servidor que esteja na ponta, por meio de sua eficiência no serviço prestado.”

Outra informação levantada pelo prefeito é em relação à diferença dos salários entre os entes federados. “A base salarial nos municípios é de R$ 2,1 mil. Nos estados, é de R$ 3 mil. Na União, salta para R$ 8 mil. E são esses altos salários que ficam fora da reforma. O foco da reforma fica nos municípios e estados, mas onde há capacidade de fazer maior ajuste fiscal é na União”, opinou.

Coelho também apresentou alguns encaminhamentos que, na opinião dele, deveriam ser contempladas nessa reforma. “Qualquer reforma que for aplicada deve ser única e imediata. Não queremos violar nenhum direito, queremos preservar o que já foi adquirido. Ela precisa ser imediata para termos um corte temporal para, daqui para frente, dar liberdade e autonomia para gestores saberem como fazer suas contratações, queremos dar segurança jurídica a esses gestores.”

Participaram ainda do debate Margarida Salomão, prefeita de Juiz de Fora/MG e vice-presidente de Direitos Humanos da FNP; Francisca Valda da Silva, representante do Conselho Nacional de Saúde; Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); e Leonardo Moura Vilela, assessor parlamentar do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). 

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Os assuntos tratados neste texto estão localizados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico; 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes; 17 - Parcerias e Meios de Implementação. Saiba mais aqui.