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FNP defende isenção de tributos nas subvenções para eletrificação da frota de transporte público coletivo

FNP defende isenção de tributos nas subvenções para eletrificação da frota de transporte público coletivo

Representantes da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) reiteraram o pleito por isenção de tributos nas subvenções para a descarbonização do transporte público coletivo, nesta quarta-feira, 24. Desdobramento da 86ª Reunião Geral da entidade, o prefeito de Porto Alegre/RS, Sebastião Melo, debateu o assunto com o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Ramalho Dubeux.

O governante afirmou que a utilização de energia sustentável traz vários ganhos para o sistema e que retornam também para o cidadão. No entanto, de acordo com Melo, as cidades não conseguem arcar com o custo, isso porque as subvenções para esse tipo de investimento estão sujeitas à tributação federal. “Como vamos pagar 43% de ônus? Não tem como, então queremos ver se há espaço para discutir isso”, disse.

Esse tema foi apresentado pelo vice-prefeito de Curitiba/PR, Eduardo Pimentel, que salientou a importância de alteração na Lei 14.789/2023, de modo a isentar a subvenção pública da incidência de Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido nas aquisições de ônibus de baixa emissão.

Segundo Dubeux, apesar de a situação fiscal do país ser delicada e o espaço para “mexer no orçamento” restrito, o Ministério da Fazenda já tem articulado com o Ministério das Cidades alternativas para facilitar a aquisição de ônibus elétricos, por exemplo. “Até o momento, o debate não vinha na linha da tributação. Estávamos pensando de que maneira a gente podia viabilizar linhas de crédito que possibilitariam o financiamento de ônibus elétricos e isso está avançando bem”, declarou.

O secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento de Curitiba, Cristiano Hotz, salientou que a alteração na legislação é focada apenas na eletrificação da frota de ônibus e na infraestrutura necessária. “A gente é focal e objetivo, porque queremos fazer a compra”, afirmou. Também participaram da audiência os assessores da FNP, Ingrid Freitas e Theo Santini, e o diretor Jurídico da URBS, Egberto Pereira Júnior.