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Em reunião com FNP, ministra da Saúde anuncia atualização da lista de cidades para receber vacina da dengue

Em reunião com FNP, ministra da Saúde anuncia atualização da lista de cidades para receber vacina da dengue

Ministério da Saúde também atende a pleito da FNP e vai publicar modelo para facilitar a elaboração dos Planos de Ação, instrumento indispensável para acessar recursos emergenciais

Em reunião com dirigentes da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, antecipou a possibilidade de revisar a lista de cidades selecionadas para receberem vacina contra a dengue. Na audiência que ocorreu nesta terça-feira, 19, a ministra afirmou que os critérios científicos estão sendo revistos pelo Programa Nacional de Imunizações.

“Nossa intenção é fazer uma revisão dos municípios, mas isso vai demorar um pouco, porque isso requer estudos e isso será feito também seguindo orientações do nosso Programa Nacional de Imunizações. Não é decisão da ministra”, afirmou Nísia Trindade.

O prefeito de Campinas/SP, Dário Saadi, vice-presidente de Saúde da FNP, considerou que a quantidade total de imunizantes ainda é pequena, mas independente disso é uma arma na luta contra a dengue. “O enfrentamento à dengue não deve ser só do município. Deve ser também do governo federal e dos governos estaduais”, disse.

Ainda durante reunião articulada pela FNP, a ministra anunciou um modelo para o Plano de Ação, necessário aos municípios que decretaram situação de emergência para acessar a segunda parcela do recurso emergencial. Essa decisão atende ao pleito da FNP por uma sugestão de texto. “No modelo padrão, a gente responde e pode acessar os recursos de forma mais célere”, comentou o prefeito de Belém/PA, Edmilson Rodrigues.

“Originalmente, a portaria não trouxe um modelo, justamente, para tentar não engessar os pedidos. Mas, em função da sugestão de prefeitas e prefeitos, o Ministério irá disponibilizar um modelo opcional, apenas como sugestão para facilitar a elaboração pelos municípios”, explicou o secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre.

Portaria
Essa condição está na Portaria GM/MS nº 3.160, em 9 de fevereiro deste ano, que amplia recursos reservados para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências, como a alta de casos de dengue no país.

Para receber a primeira parcela do recurso (que até o momento totalizou o repasse de R$ 60 milhões), basta o envio de um ofício com a declaração de emergência em saúde. A partir da segunda parcela, é necessário o Plano de Ação; esses repasses são mensais durante a vigência do decreto de emergência.

De acordo com o Ministério da Saúde, são aproximadamente 290 solicitações de municípios (com preenchimento de critérios e documentos ou não); deste total pelo menos 60% com portaria publicada e recurso disponibilizado.

Sobre o Plano de Ação
O Plano de Ação deve conter a apresentação da condição de saúde local, considerando a situação epidemiológica, necessidade de atendimento à população e a sobrecarga da rede assistencial. Também deve detalhar as ações de saúde a serem realizadas e os respectivos valores estimados.

Cálculo de recursos para:
a) Atenção primária
- Considerará a quantidade de equipes, programas e serviços da área cofinanciados pela Secretaria de Atenção Primária existentes nos municípios, considerando o teto federal.

b) Serviços de média e alta complexidade
- Considerará a assistência à saúde prestada pela Rede de Atenção às Urgências, tendo como referência 10% dos valores financeiros da produção ambulatorial registrada como procedimentos em ‘Caráter de Atendimento de Urgência’, no Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS), considerando a série histórica dos últimos doze meses registrados no sistema.

c) Vigilância em saúde
- Cálculo será relacionado às ações de vigilância em saúde no enfrentamento da emergência de saúde pública. Terão referência os valores mensais do teto de vigilância em saúde, limitando o valor de até uma parcela mensal.

O monitoramento do uso dos recursos será realizado pelas secretarias de Atenção Primária (Saps), Atenção Especializada (Saes) e de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), por meio da análise da documentação produzida, sem prejuízo da possibilidade de solicitação, a qualquer tempo, de relatórios de execução do Plano de Ação de Enfrentamento à Emergência em Saúde Pública, com informações físicas e financeiras.

Pela FNP, também participaram da audiência os prefeitos de Ribeirão Preto/SP, Duarte Nogueira, vice-presidente de Relações com o Congresso Nacional; e de Feira de Santana/BA, Colbert Martins, vice-presidente de Infraestrutura.